São mais de 140 Fulani (Peul, Fula, Fulbe) mortos no último sábado, dia 23 de março. O ataque foi perpetrado com requintes de crueldade por homens armados vestidos de caçadores conhecidos como Dozo que fazem parte da comunidade Dogon. Segundo a RFI ontem o governo já demitiu dois generais do exército por causa disse.
Segundo o jornal Le Monde existe um conflito na região do centro do Mali há 4 anos entre os pastores Fulani (criadores de gado) e os agricultores Bambara.
Há uma espiral de violência. Em junho do ano passado 32 pessoas foram mortas da mesma forma. Eles matam velhos e crianças, homens e mulheres indiscriminadamente. A região sofre desde 2012 com o aumento de atividades terroristas após o desmantelamento da tentativa de independência pelo norte do país. O Mali é um país imenso que tem parte dele no deserto do Sahara e ao sul está sua capital, Bamako.
Os Fulani são de maioria muçulmana e tem havido entre eles algumas radicalizações em grupos terroristas na África Ocidental, notadamente na Nigéria e no Mali.
Os Fulani denunciam regularmente de excessos por parte das milícias armadas na luta contra os terroristas que são toleradas e até incentivadas pelas das autoridades do exército.
Abdoul Aziz Diallo, presidente da Tabital Pulaaku, principal associação fulani do Mail já havia dito que “o que se passa é muito grave. Deve-se evitar os amálgamas. Não é porque alguém é Fulani que ele será jihadista.” (o que é amálgama?)
Nossa oração é para que a violência cesse e que Deus se faça conhecido na paz entre esses povos da África sub-sahariana.
Pr. Celso Fonseca