O que falta para terminarmos a tarefa?

Do Resgate (Ap. 5:9) a Entrega (Ap. 7:9)

Quando João escreveu esse texto dizendo que viu gente de todas nações, tribos, povos e línguas em pé diante do trono e do cordeiro o mundo estava bastante alcançado dentro do Império Romano. Os cristão tinham alcançados muitos povos a partir da língua grega e a universalidade do evangelho já era compreendida pela igreja (não foi assim nos primeiros dias). O Espírito Santo de Deus tinha feito um grande trabalho de transformação nos corações racistas da época.

A Revelação foi dada ao apóstolo João no A.D. 99. A tarefa de anunciar o evangelho a todas as nações estava avançada, levando-se em consideração os poucos 70 anos de expansão, desde a Grande Comissão de Jesus, porém havia ainda muito trabalho. A tarefa está até hoje inacabada.

Ainda hoje há 2.134 grupos étnicos sem nenhuma igreja, 13.000 povos que nunca foram alcançados, 150 grupos nômades. Das 6.528 línguas vivas apenas 366 possuem a Bíblia Completa. (Fonte: Povos & Línguas)

Portanto, a nossa missão que começou com Jesus e seus apóstolos é pregar o evangelho a toda criatura, até o último da terra. É também mostrar com nossa vida como se vive para Deus, refletindo a sua glória (2Co. 3:18).

Para ensinar nós precisamos primeiramente APRENDER!

Jesus disse aprendei de mim.

O que faria Jesus em cada cultura? Temos que responder essa pergunta antes de ensinar a alguém alguma coisa do evangelho que seja relevante em sua cultura. Por exemplo, quando comemos no prato, o prato deve ser individual ou comunitário? Nós devemos comer tudo que está servido no prato ou deixar uma quantidade? Em nossa cultura, nós enfatizamos uma responsabilidade individual e o valor do não desperdício. Mas em outras culturas o importante é a solidariedade. Não coma tudo que está no prato! Jesus foi contra o desperdício, mas ele também ensinou a dividir o pão e lembrar dos outros. Então é através da forma do prato e da quantidade que se come que demonstramos os princípios do evangelho.

DSCN2414

O Espírito Santo começou essa trabalho desde Abraão, demonstrando o desejo de Deus em abençoar todas as família da Terra. Mas os judeus transformaram a Lei em códigos intermináveis de condutas éticas, ordenanças e rituais de purificação que não comunicavam mais aos outros povos. Com isso veio o racismo e o etnocentrismo dos judeus em relação aos outros povos. O profeta Isaías se levantou para corrigir esse problema em 56:6-8. Ele também acusou os líderes judeus de serem cegos, preguiçosos, gulosos, gananciosos e beberrões.

Foram esses mesmo líderes mais tarde que confrontariam o Filho de Deus que condenou a maneira como esses líderes desprezaram os gentios permitindo o comércio em uma área do templo exclusiva para eles (Mc. 11:15-18). Desprezaram os gentios e planejaram a morte de Jesus.

A Lei era princípios do evangelho para os israelitas do AT. No NT deveriam permanecer apenas os princípios. Como por exemplo o comer das carnes profanas e impuras (At. 10:13-15). O apóstolo Pedro passou por essa escola do Espírito Santo. Ele aprendeu: “agora sei que Deus não faz acepção de pessoas” (At. 10:28, 34) (Dt. 10:17-19). A impureza está no pecado e não nas pessoas. Nas culturas dos povos, a impureza está nos significados e não nas formas.

Jesus quebrou os paradigmas culturais racistas, etnocêntricos e machistas dos judeus ao dirigir a palavra a mulher samaritana.

Vamos perguntar em culturas islâmicas: Por quê a mulher não ora com os homens na mesquita? E nas culturas cristãs perguntaremos: Por quê a mulher não pode compartilhar a Palavra?

Precisamos de mais missionários como Paulo. Ele foi produzido na igreja de Antioquia. Igreja missionária que faz teologia e práticas evangelizadoras. Paulo aprendeu a se fazer e refazer segundo o público a quem pregava (1Co. 9:19-23). Ele não buscava o donativo (Fl 4:17)

Precisamos de mais igrejas como a de Antioquia que, enquanto todos anunciavam o evangelho somente aos judeus, eles anunciavam também aos gregos. Foi uma igreja que obedeceu ao Espírito Santo e enviou seus melhores obreiros.

Precisamos de mais igrejas como a de Filipos que se associa com gente que faz missão perto e gente que faz missão longe (Fl. 4:16).

C. L. Fonseca

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Rolar para cima